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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

»Uma Promessa de...

Ora o mês passado consegui fintar por completo o plano de leitura que eu mesma estabeleci. Posto isto verei como me comportarei em 2013... valerá a pena criar-me novos desafios apenas para me desafiar a contorná-los?

Há alguns livros que me fitam da estante e que me causam arrepios de prazer de expectativa...

São estes:

1. Luz Efémera (Volume III da Trilogia Langani)

~Trata-se daquilo que imagino ser a chave de ouro de uma trilogia deliciosa que começou nos anos 60 num Quénia dominado pelos Britânicos, a clamar por liberdade. Desenvolve os conceitos de «africânder», introduz-nos a algumas das tribos locais e, sobretudo, às vidas atribuladas de três amigas: Sarah (a minha favorita), Hannah (que me exaspera e irrita) e Camilla (tantas vezes só me apetece esbofeteá-la. A Sarah é descendente de irlandeses e é loucamente apaixonada pelo Piet, irmão da Hannah, no primeiro volume. No segundo volume, tendo superado (ou tentando superar) uma horrível prova de fogo que até a mim me arrepia e agonia, é uma fotógrafa profissional que vive numa reserva natural e acompanha manadas de elefantes. O Piet é apaixonado pela Camilla. A Camilla é apaixonada pelo guia de safaris Anthony - o gostosão mulherengo lá da área - e vive entre as passerelles de Londres e o cenário de sonho da sua infância. Hannah está determinada em manter o legado da sua família de africânderes e de desenvolver a reserva natural que o seu irmão tanto sonhara construir. Mas a ameaça dos nativos que os consideram intrusos ronda-lhes o espaço, compromete-lhes a vida e traz memórias de violências passadas, quando enormes atrocidades se cometeram do lado de ambas as nações num estado de sítio que guarda consequências para os seus descendentes.

2. O Aroma das Especiarias (Volume III da Trilogia do Chocolate)

~O Chocolate entranhou-se no meu imaginário desde que eu tinha doze ou treze anos. Um livro envolvente, emotivo, supersticioso, com um toque místico, personagens fortes e inesquecíveis - até hoje recordo a postura da Armande a beber chocolate quente na La Céleste Praline. Há um filme protagonizado pela Juliette Binoche e o Johnny Depp que deturpa um pouco o romance original, mas ainda assim penetra-me nos ossos. Há até musicais em torno dessa primeira magnifica obra que conta a história de uma mulher do mundo, mãe solteira de capa e sapatos vermelhos (Vianne) que corre o mundo ao sabor dos ventos do Norte. Ao chegar a Lansquenet-sur-Tânnes, decide abrir uma chocolataria no período da Quaresma, em que se fala de jejum e abnegação. Esta religiosidade cínica - retraída, reprimida - é marca presente nas obras da autora, como em Na Corda Bamba (no seu original Holy Fools). No Sapatos de Rebuçado Vianne e a sua pequena filha, Anouk, vivem novas aventuras, numa obra carregada da mesma fragrância doce e mística. E por último segue-se este regresso a Lansquenet... e eu ansiosa por voltar com ela.

3. Anna Karenina (Leo Tolstoi)

~Por favor, não pensem que descobri esta obra do Tolstoi aquando do remake do filme pelo meu adorado realizador Joe Wright (Orgulho e Preconceito, Expiação). Nem me recordo ao certo como ouvi falar desta obra, certo é que o adultério, a separação, o ostracismo e o século XIX em geral me interessam desde sempre. Após muito namorar esta obra, lá a adquiri (PVP 35,33€, conseguida com 50% de desconto numa daquelas campanhas mirabolantes da minha adorada/odiada Fnac). Agora está cá em casa, à espera que eu ganhe coragem para pegar nesta obra colossal que promete muitas emoções e que se adivinha sublime.

4. Servidão Humana (W. Somerset Maugham)

~Tendo corrido muito para o encontrar - escrevendo inclusive e-mails à Asa e perguntando pelo paradeiro dum último livro que pudesse ter sobrevivido ao stock - fui informada de que a edição estava esgotada e de que não sabiam quando a reporiam. Conclusão: na feira do livro de Almada, na Bertrand do Rio Sul e aos magotes na Fnac de Almada, lá anda esta obra do Maugham. O que espero dela? Existencialismo, dureza, lições de vida, reflexões profundas, algo a somar a quem sou, ao que conheço do mundo, das pessoas e da literatura em geral.