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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

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#80 CABOT, Patricia, Um Pequeno Escândalo


Classificação: 3***


Sinopse: Quando a bela Kate Mayhew é contratada como dama de companhia de Isabel, a filha obstinada de Burke Traherne, o marquês vê-se numa situação impossível. Dividido entre saber que ela é exatamente aquilo de que Isabel precisa mas, para ele, a pior tentação possível, encontra-se constantemente perto de alguém que ameaça a sua independência. Conhecido pelo seu autodomínio férreo desde o dia em que apanhou a mulher com um amante, Burke jurou nunca mais arriscar-se a casar. Ao aceitar a oferta de emprego de Sua Senhoria, a temperamental Kate enfrenta dois perigos: sua atração irresistível por um homem que abdicou do amor, e um encontro com o seu próprio passado escandaloso... que ela não pode manter secreto para sempre.


Opinião: E com isto desisto da Cabot. Outra personagem estavanada, absurda, ridícula, nem um pouco credível. Diálogos vazios, entre estúpidos. Na página 33 já me apetece começar a pular páginas. E sim, eu tenho sentido de humor, não vale a pena dizerem que é um romance ‘leve’. É um romance ‘mau’, até certo ponto, o que é diferente. Pelo menos é bem mau em quase toda a primeira metade. A segunda metade, contudo, foi muito mais satisfatória. Pareceu-me que só aí a autora aqueceu. Só aí a Kate deixou de ser uma idiota alvoraçada. Infantil, teimosa, mas definida como “madura”. Não consigo rir-me dos momentos forçados da primeira parte, e eu estou sempre pronta a rir. Muito do que senti quanto ao livro anterior cá publicado repete-se. A personagem feminina vira de uma coisa que é suposto ser espontânea e temerária no início, para uma boneca frágil, vulnerável e mentalmente incapaz de tomar decisões. Há partes mais do que desnecessárias.

De contexto histórico pouco vi. Não fossem carruagens, vestidos onde as mulheres tropeçam, palacetes e uma (não tão invulgar) aparição de Gretna Green e estalagens onde só há um quarto disponível em dia de chuva, poderia ser algo contemporâneo.
Também me aborrece tanto tell. Aquele típico momento em que outra personagem só existe para listar a história toda de idiotices apaixonadas que a) fez por b). sim, claro que gostas dela! olha no dia 4 tomaste o pequeno-almoço uma hora mais cedo do que o habitual, só porque é a hora em que ela também toma. e no dia 10 apertaste a gravata virado para a janela, porque é a hora em que ela passeia, claro que a amas!. Por muito lugar-comum que sejam livrinhos históricos sobre duas pessoas apaixonadas que já sabemos que ficarão juntas no fim, alguns cumprem o intento de me animar e outros não...
Desmotiva-me porque não me estimula nem 1% intelectualmente. Houve ali umas revelações e alguma profundidade lá para o fim, se todo o livro fosse nesse nível não o teria lido na diagonal a partir da pág. 33.
Aborrecem-me os clichés sobre o “estava de camisola de noite e nem tinha reparado se não fosse ele a olhar-me para as mamas” ou “oops vou escorregar do escadote ele está mesmo aqui para me agarrar”.Uma vez mais é a personagem masculina que salva um livro da ruína. Este Burke (detesto o nome) sempre tem mais profundidade do que a Kate da primeira parte do livro. É uma personagem que confere algum realismo ao livro, o suficiente para que eu pare de pensar que é tudo um circo com pessoas a chamarem-se nomes de animais “toupeiras”, “ursos”, etc. Detestei a Kate – cópia da Pegeen (Rosa Selvagem). Detesta a classe alta, faz-se de difícil, é pouco sensata e no entanto, descrita como um modelo de razoabilidade e sensatez. Os ideais dela mudam do dia para a noite e o joguinho idiota com o Burke fez-me pensar que, se ela existisse de facto, ele devia era fugir.Também não suporto falhas de comunicação em livros. Absurdo! E nem a história do “acordei agora na cama dele e não me lembro do que aconteceu esta noite. Oops dormi com ele!”.Enfim… espero que divirta outras leitoras, eu achei um circo. Rio-me muito com a Julia Quinn, mas não com esta Cabot.

#55 CABOT, Patricia - Rosa Selvagem


Sinopse:Como nunca houvera uma mulher que não conseguisse encantar, Edward tinha acerteza de que iria conquistá-la. Mas Pegeen MacDougal não era nem velha, nemcriança - era muito mulher, com uma língua aguçada, uns olhos verdes de levarao inferno e uma sensualidade que o deixava doente. Infelizmente, eladesprezava-o, assim como à ostentação da sua classe social e à falta deconsideração que mostravam pelos menos afortunados. Mas, pelo bem do seusobrinho Jeremy, Pegeen concordou que ambos se mudariam para a propriedade deEdward. O risco tornou-se rapidamente aparente. Pois ela sabia que podiaresistir ao dinheiro de Edward, ao seu poder, à sua posição... a todo o seumundo. No entanto, era o seu beijo que prometia ser a sua destruição.

Opinião:Este foi o primeiro romance que li deste género. Ou seja, o primeiro livro emque factos históricos, romance tradicional (a importância do casamento, dosbons costumes, da virgindade e essas coisas todas) e uma panóplia de outrosingredientes que, tendo lido entretanto mais 100 ou 200 livros do género,parecem estar sempre presentes em todos. Na altura tudo me pareceu estupidamente romântico... com a rapariguinha que poderia ser facilmente interpretada por uma Adriana Esteves tapeadora e o rapazinho como um autêntico Apolo...

Agora,lendo-o alguns anos depois e em Português correcto, sou obrigada a baixarconsideravelmente o meu apreço por ele. Atribuo-lhe 3/5* apenas devido àpersonagem masculina: o Edward Rawlings está soberbamente criado. Mas a Pegeen?Por ela daria 1/5* ao romance. Ela é vazia, demasiado ruidosa e irritantementedita “rebelde”. Que é como quem diz que, nas primeiras 50 páginas do livro elaé cheia de ideais; condena o casamento, condena a aristocracia, condena aquelesque não ajudam os pobres e vivem do ócio. Ao fim disso é levada para uma mansãosenhorial na qualidade de tia do futuro duque e, rapidamente, abraça tudo istoe não volta a fazer discursos a esse respeito. Isto seria perdoável se ela nãofosse tão efusiva a esse respeito no início. Aliás, chega a desprezar aquiloque foi com os inúmeros suspiros em relação ao facto de nunca mais vir a ter dese preocupar com nada. Mas não é só nisto que a personagem falha. Também emrelação ao Edward… ora está a esbofeteá-lo ora está enrolada na cama com ele.Quem é como quem diz que vai de um extremo ao outro, o que até teria uma certapiada se o livro não carregasse uma certa carga dramática que não condiz comisto. Se houvesse as piadas da Julia Quinn a pautá-lo… Além do mais pareceestar constantemente nua. Camisola de noite transparente, um puxão e o decotedo vestido cede, está no quarto de robe revelador, etc… senti-me meioestupidificada pelo facto de a autora não ter dado grande credibilidade àrelação deles. Não se entende o que é que ele vê nela... aliás, parece-me que é a cintura que, de tão fina, vem inumeras vezes mencionada... ou, talvez, os olhos verdes da moça.
Dehistórico não tem nada: se ela não usasse vestidos compridos (muito decotados)eu nem me lembraria que é um romance de época. 

Enfim,valham-me a Sherry Thomas que tanto adoro, a Lisa Kleypas e as suas Wallflowers, a Laura Lee Guhrke e osseus enredos bem estruturados e a Julia Quinn e o bom humor das personagens…!Por esta Cabot e pela Madeline Hunter já me tinha reformado deste género.

Classificação: 3***