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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

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Rebelião e leituras mais do que desejadas (Wishlist #2)

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Família Real Russa - "Os Romanov" - 1913

Por enquanto, permaneço enlaçada nas teias de Os Irmãos Karamazov. Continua duro, implacável. O excerto abaixo é do capítulo "Rebelião", em que os irmãos Aliocha (Alexey) e Ivan conversam numa taberna sobre a existência ou a pertinência da existência de Deus.

Há uma de uns pais que odeiam a filha de cinco anos e são pessoas respeitáveis, bem-nascidas e educadas. Olha, tenho de dizer-te que a característica de muita gente é precisamente esse gosto em torturar as pobres criaturas. (…) Pois bem, estes ilustres pais submetiam a pobre criatura a todo o tipo de torturas: açoitavam-na, davam-lhe pancada, espancavam-na por qualquer coisa até que o corpo dela ficava coberto de nódoas negras. E logo começavam os maiores refinamentos de crueldade: encerravam-na num lugar nauseabundo nas noites geladas e sob pretexto de que não chamava para que a tirassem dali (…) sujavam-na, enchiam-lhe a boca de excrementos e era a mãe, a própria mãe, quem lhe fazia isto. E esta mãe podia dormir enquanto a filha gritava até desistir.

A minha recente paixão pelos russos levou-me a tentar aprender Russo na App Memrise, que me ensinou o alfabeto, e depois segui para a Duolingo, onde tenho aprendido Russo a partir do Inglês. É mágico conseguir ler palavras em Russo, ou escrever coisas básicas como o nome dos nossos heróis - Dmitri, Ivan e Alexey. 

Também por esse desejo de aprofundar os meus conhecimentos da língua, literatura e cultura russas, proponho-me a ler:

Os Romanov I - 1613 - 1825

São mais de 300 anos da história dos Romanov que, como muitos sabem, foram destronados pelos bolcheviques e dizimados pelo novo regime. Os seus corpos e destinos mantiveram-se um mistério, e apenas foram descobertos em 1979, mas apenas em 1989 a URSS permitiu que se divulgassem os resultados. A odisseia dos Romanov terminou de modo violento, e há quem prometa mais emoção nesta saga de família e de um Império do que em Guerra dos Tronos. Promissor, hein? Podem descobrir mais sobre os czars da Rússia neste documentário em 8 episódios.5fc365935bd44a18b20a2faf778d7866.jpg

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De George Eliot - O Moinho à beira do Floss

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George Eliot, romancista britânico do século XIX é, afinal, Mary Ann Evans Cross. À semelhança de Middlemarch, que creio tratar-se do ex-libris da autora, O Moinho à Beira do Floss narra a história de uma família. Até dia 22-03 está com 30% de desconto no site da Relógio d'Água com o código diadopai.

«O Moinho à Beira do Floss fala-nos dos altos e baixos de uma família de Lincolnshire. Mistura subtilmente humor, polémica e tragédia. Sempre que o leio encontro algo de novo e fascinante.
É uma história poderosa e emocional, mas ao mesmo tempo um romance feminista que aborda de forma muito clara a questão dos direitos da mulher à educação.
George Eliot é uma escritora que consegue ser polémica e contar uma boa história ao mesmo tempo.
Seria agradável pensar que questões como a classe, snobismo e diferenças de sexo, que este livro aborda de forma tão comovente, se poderiam tornar irrelevantes para uma próxima geração. E que, assim como elas, este livro seria inte- ressante apenas como uma curiosidade. Mas não me parece que desapareçam tão facilmente como a minha geração dos anos 60 esperava.»

E de Céline - Viagem ao Fim da Noite

As meninas que sigo no Goodreads/Instagram, nomeadamente a Silvéria, deram-lhe ótimas classificações. Eu tomo nota dessas coisas! A ver se o apanho numa promoção, porque é dos caros, ou se o arranjo na biblioteca, quando puder voltar a pisar uma.

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