Livros que gostava de ter tempo para ler...
Volvidas mais de duas décadas sobre a desagregação da URSS,que permitiu aos russos descobrir o mundo e ao mundo descobrir os russos, eapós um breve período de enamoramento, o final feliz tão aguardado pelahistória mundial tem vindo a ser sucessivamente adiado. O mundo parece voltarao tempo da Guerra Fria. Enquanto no Ocidente ainda se recorda a era Gorbatchovcom alguma simpatia, na Rússia há quem procure esquecer esse período e odesigne por a Catástrofe Russa. E, desde então, emergiu uma nova geração derussos, que anseia pela grandiosidade de outrora, ao mesmo tempo que exaltaEstaline como um grande homem. Com uma acuidade e uma atenção únicas, SvetlanaAleksievitch reinventa neste magnífico requiem uma formapolifónica singular, dando voz a centenas de testemunhas, os humilhados eofendidos, os desiludidos, o homem e a mulher pós-soviéticos, para assim manterviva a memória da tragédia da URSS e narrar a pequena história que está portrás de uma grande utopia.
Um homem sofre desmesuradamente com as notícias que lê nosjornais, com todas as tragédias humanas a que assiste. Um dia depara-se com ofacto de não se lembrar do seu primeiro beijo, dos jogos de bola nas ruas daaldeia ou de ver uma mulher nua. Outro homem, seu vizinho, passa bem com asdesgraças do mundo, mas perde a cabeça quando vê um chapéu pousado no lugarerrado. Contudo, talvez por se lembrar bem da magia do primeiro beijo - econstatar o quanto a sua vida se afastou dela - decide ajudar o vizinho arecuperar todas as memórias perdidas. Uma história inquietante sobre a memóriae o que resta de nós quando a perdemos. Um romance comovente sobre o amore o que este precisa de ser para merecer esse nome. «Viver não tem nada aver com isso que as pessoas fazem todos os dias, viver é precisamente o oposto,é aquilo que não fazemos todos os dias.»
«Mãe, atravessas a vida e a morte como a verdade atravessa o tempo, como os nomes atravessam aquilo que nomeiam.» Numa perspetiva inteiramente nova, Em Teu Ventre apresenta o retrato de um dos episódios mais marcantes do século XX português: as aparições de Nossa Senhora a três crianças, entre maio e outubro de 1917. Através de uma narrativa que cruza a rigorosa dimensão histórica com a riqueza de personagens surpreendentes, esta é também uma reflexão acerca de Portugal e de alguns dos seus traços mais subtis e profundos. A partir das mães presentes nesta história, a questão da maternidade é apresentada em múltiplas dimensões, nomeadamente na constatação da importância única que estas ocupam na vida dos filhos. O sereno prodígio destas páginas, atravessado por inúmeros instantes de assombro e de milagre, confere a Em Teu Ventre um lugar que permanecerá na memória dos leitores por muito tempo.
No século XVII, durante a Guerra da Restauração da independência de Portugal, soror Mariana Alcoforado apaixounou-se por um oficial francês. As cartas de amor que lhe escreveu transformaram-se num símbolo da literatura romântica universal. Trezentos anos depois, Alice, uma jornalista, revisita esta história e aprende com Mariana a vencer a tristeza de um amor perdido. "Mariana, Meu Amor" é um romance dentro de um romance, uma narrativa a duas vozes de duas mulheres corajosas que, através de vivências quase opostas, conseguiram desafiar o seu destino e alcançar a paz, sem negar os seus sentimentos mais profundos.