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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

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Em torno das minhas leituras!

#55 CABOT, Patricia - Rosa Selvagem


Sinopse:Como nunca houvera uma mulher que não conseguisse encantar, Edward tinha acerteza de que iria conquistá-la. Mas Pegeen MacDougal não era nem velha, nemcriança - era muito mulher, com uma língua aguçada, uns olhos verdes de levarao inferno e uma sensualidade que o deixava doente. Infelizmente, eladesprezava-o, assim como à ostentação da sua classe social e à falta deconsideração que mostravam pelos menos afortunados. Mas, pelo bem do seusobrinho Jeremy, Pegeen concordou que ambos se mudariam para a propriedade deEdward. O risco tornou-se rapidamente aparente. Pois ela sabia que podiaresistir ao dinheiro de Edward, ao seu poder, à sua posição... a todo o seumundo. No entanto, era o seu beijo que prometia ser a sua destruição.

Opinião:Este foi o primeiro romance que li deste género. Ou seja, o primeiro livro emque factos históricos, romance tradicional (a importância do casamento, dosbons costumes, da virgindade e essas coisas todas) e uma panóplia de outrosingredientes que, tendo lido entretanto mais 100 ou 200 livros do género,parecem estar sempre presentes em todos. Na altura tudo me pareceu estupidamente romântico... com a rapariguinha que poderia ser facilmente interpretada por uma Adriana Esteves tapeadora e o rapazinho como um autêntico Apolo...

Agora,lendo-o alguns anos depois e em Português correcto, sou obrigada a baixarconsideravelmente o meu apreço por ele. Atribuo-lhe 3/5* apenas devido àpersonagem masculina: o Edward Rawlings está soberbamente criado. Mas a Pegeen?Por ela daria 1/5* ao romance. Ela é vazia, demasiado ruidosa e irritantementedita “rebelde”. Que é como quem diz que, nas primeiras 50 páginas do livro elaé cheia de ideais; condena o casamento, condena a aristocracia, condena aquelesque não ajudam os pobres e vivem do ócio. Ao fim disso é levada para uma mansãosenhorial na qualidade de tia do futuro duque e, rapidamente, abraça tudo istoe não volta a fazer discursos a esse respeito. Isto seria perdoável se ela nãofosse tão efusiva a esse respeito no início. Aliás, chega a desprezar aquiloque foi com os inúmeros suspiros em relação ao facto de nunca mais vir a ter dese preocupar com nada. Mas não é só nisto que a personagem falha. Também emrelação ao Edward… ora está a esbofeteá-lo ora está enrolada na cama com ele.Quem é como quem diz que vai de um extremo ao outro, o que até teria uma certapiada se o livro não carregasse uma certa carga dramática que não condiz comisto. Se houvesse as piadas da Julia Quinn a pautá-lo… Além do mais pareceestar constantemente nua. Camisola de noite transparente, um puxão e o decotedo vestido cede, está no quarto de robe revelador, etc… senti-me meioestupidificada pelo facto de a autora não ter dado grande credibilidade àrelação deles. Não se entende o que é que ele vê nela... aliás, parece-me que é a cintura que, de tão fina, vem inumeras vezes mencionada... ou, talvez, os olhos verdes da moça.
Dehistórico não tem nada: se ela não usasse vestidos compridos (muito decotados)eu nem me lembraria que é um romance de época. 

Enfim,valham-me a Sherry Thomas que tanto adoro, a Lisa Kleypas e as suas Wallflowers, a Laura Lee Guhrke e osseus enredos bem estruturados e a Julia Quinn e o bom humor das personagens…!Por esta Cabot e pela Madeline Hunter já me tinha reformado deste género.

Classificação: 3***