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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

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»34 THOMAS, Sherry - Promessas de Amor

Sinopse: Elissande Edgerton é uma mulher desesperada, uma prisioneira nacasa do tio tirano. Apenas através do casamento pode ela reivindicar aliberdade por que anseia. Mas como encontrar o homem perfeito? Lorde Vere estáhabituado a armadilhas irresistíveis. Como agente secreto do governo, localizoualguns dos criminosos mais tortuosos em Londres, enquanto mantém a sua fachadade solteirão idiota e inofensivo. Mas nada pode prepará-lo para o escândalo deser apanhado por Elissande. Forçados a um casamento de conveniência, Elissandee Vere estão prestes a descobrir que não são os únicos com planos secretos. Coma sedução como única arma - e um segredo obscuro do passado a pôr em risco asvidas de ambos – poderão eles aprender a confiar um no outro, mesmo enquanto seentregam a uma paixão que não pode ser negada?

Opinião: O primeiro livro que li da Sherry Thomasfoi o “Um Amor Quase Perfeito”. Visto que já li centenas de romances históricos – costumava ler um por noite, quebaixava da internet e devorava atéaltas horas da madrugada – é-me impossível catalogá-los todos e, mais ainda,é-me impossível distingui-los. Mas os da Sherry distinguem-se, sem dúvida. Nãosó as personagens são únicas, como são inteligentes, perspicazes, transcendem oslimites da ficção e parecem-nos quase pessoas comuns e excepcionais. O LordeVere, por exemplo, foi acusado por alguns críticos ao romance de ser estupidamente idiota. Ora bem; leram bemo livro? Qual é a parte que não entenderam sobre ele ter inúmeros motivos, entre os quais ser Agente da Coroa, para sefingir de tolo? Era importante que ninguém lhe desse credibilidade. Ri-mesobremaneira com as situações que proporcionou, e arrepiei-me literalmentequando emergia desse torpor de asno e assumia a inteligência que era, de facto,dele. Ele esteve sempre muito à frente de todos no livro, muito honesto e fiela si próprio nas suas desconfianças. Apercebi-me agora que costumo gostar muitomais dos personagens masculinos que a Thomas cria do que dos femininos. AVerity, d’O Fruto Proibido, passou-me quase ao lado. Foi ele, o Stuart, com asua franqueza imperturbável, que me ficou na memória. A Lady Tremaine chamava-secomo, mesmo? Estou a falar do meu romance “romance” favorito de todos os tempose não me recordo do nome dela. Ele? Lorde Tremaine? Chamava-se Camden e foi inesquecível, tortuoso, lógico e brilhante. Masgostei da Elissande, entendi os seus motivos e anseio igualmente pela liberdadeque ela ansiava. Não é uma tola em busca de amor – é uma prisioneira em buscade ar fresco.
Poralgum motivo os RITA Awards elegeram o “Promessas de Amor” como o melhorromance histórico de 2011. A Thomas não se limita a criar enredo para cama eromance com “um bocadinho de estória” (odeio esta forma de escrever estória, mas quis que se entendesse doque falo). Não, não. Os livros dela têm História, intriga, inteligência,acção, romance, sensualidade, sofrimento, etc., quanto baste. Ainda não a vicair em clichés. Pelo menos, até aqui, nenhuma das suas personagens principais foiraptada. Não houve mal-entendidos ridículos entre o casal-maravilha. Há simmotivos plausíveis – e culpas mútuas – para que se mantenham afastados. E eladescreve a solidão, a distância, o afastamento… o anseio por quem se ama comoninguém. Pensar em “Um Amor Quase Perfeito” ainda me traz angústias…
                Aquelemaravilhoso trecho em Copenhaga… <3
Classificação: 5*****