#28 KEATING, Barbara e Stephanie - Irmãs de Sangue
Sinopse: Quénia, 1957. Durante a infância, três meninas demeios sociais muito diferentes tornam-se irmãs de sangue: a irlandesa SarahMackay, a africânder Hannah van der Beer e a britânica Camilla Broughton-Smithjuram que nada nem ninguém quebrará o laço que as une. Mas o que o futuro lhesreserva vai pôr à prova os seus sonhos e certezas. Separadas pela distância e pelasobrigações familiares, as três jovens são atiradas para um mundo de interessesem conflito. Camilla alcança o sucesso como modelo na animada Londres da décadade 1960; Sarah Mackay é enviada para a universidade na sua Irlanda natal, umaexperiência penosa que apenas fortalece a sua determinação de voltar paraÁfrica; e a família de Hannah Van der Beer esforça-se para manter a fazenda queos seus antepassados africânderes erigiram na viragem do século. Os seus laçosserão constantemente postos à prova e, a par do exotismo de África, a suaamizade será pano de fundo para interesses amorosos cruzados e promessasquebradas.
Opinião: Comecei a ler este livro há anos atrás. Senão me engano, comprei-o na feira do livro de 2010. Portanto comecei a lê-loaí, em Maio de 2010. Tem 670 páginas e devorei 600 delas num instante. Nãoposso dizer que me recordo de todos os pormenores da história, mas recordo-medos núcleos centrais, da Hannah, da Sarah e da Camilla. Das vidas e dasangústias de cada uma. Recordo-me de que a Sarah foi sempre apaixonada peloirmão da Hannah, o Piet, e que o Piet foi sempre um capacho da Camilla (atécerto ponto). Depois recordo-me de que a Camilla era apaixonada por um homem dasavana que combate caçadores ilegais, o Anthony, e que este Anthony é ummulherengo. E lembro-me das tradições africanas, deste Quénia dos anos 60,quando a Inglaterra finalmente recua e o país fica entregue a si próprio.Recordava-me das violências raciais e do medo e das atrocidades que forampautando as vidas daquelas três amigas.
Hoje, 01 de Maio de 2012, peguei nas últimas 70 páginas e li-as de enfiada. Recordei-me do sentimento geral do livro - tão humano. Da história de África, do seu perfume, tão bem transmitido nestas linhas... Não sei se é de África - que sempre me chamou através do meu avô materno - ou se é do talento inegável destas duas irmãs e autoras, mas o que é certo é que há meses que não chorava ao ler um livro, e quando dei por mim, estas 70 páginas renascidas de outras 600 lidas em 2010 levaram a lágrimas involuntárias. Levaram a um sentimento de saudade e melancolia e pertença. E fiquei ansiosa por ler os próximos desta trilogia, por muito maçudos que sejam!
Classificação: 5*****