Sinopse: Suspeito do assassinato do irmão, Lancelot (Lance) Hemingford, duque de Aylesbury, não vê outra solução senão o anonimato. Desgostoso, o jovem troca a vida rebelde de Londres pela quietude do campo. Mas assim que surge uma oportunidade de limpar o seu nome, ele não hesita. A única coisa que tem a fazer é propor casamento à sobrinha de um vizinho… Tarefa fácil e potencialmente interessante, pois Lance não resiste ao desafio de seduzir uma donzela relutante.
Marianne Radley, que depende do tio para sobreviver, vê-se agora encurralada. A jovem não tem outra alternativa que não a de aceitar a mão de Lance. Mas Marianne tem um plano: tenciona descobrir os segredos mais sórdidos do futuro marido e expô-los ao mundo. Este seria, de facto, um plano infalível. Mas para o levar a bom termo, ela terá de ser totalmente imune aos encantos de um duque devasso… e encantador.
Depois de Uma Reputação Perigosa e Alto, Moreno & Provocador, Nobre & Poderoso vem completar a série Os Libertinos, uma trilogia plena de intriga e paixão.
Opinião: Há muitos anos que não lia nada desta autora. Gostei muito de dois dos seus livros, e depois cheguei a odiar vários outros. Desisti. Vendi os livros e, se não fosse o Kobo, nunca mais haveria de lê-la. Só traduzi dois livros na vida, mas começo a ler as traduções à luz daquilo que aprendi com as minhas. Em suma, a tradução está muito má no início, tive de reler algumas frases, houve desacordo de tempos verbais e uma organização frásica que embrulhava um bocado o sentido das palavras. Parece-me que às vezes complica-se para tentar dar um ar mais erudito aos romances históricos, mas neste género só procuramos experiências sem espinhas. Com o evoluir da história, a narrativa tornou-se mais fluida, cheguei a ler frases bem bonitas. Às vezes até franzia o sobrolho e perguntava-me mas isto é Madeline Hunter? Diria que é ela em ótima forma, porque houve algumas observações simples sobre a vida e a natureza, e também momentos de ternura entre as personagens principais, que muitas vezes não têm lugar neste tipo de livro porque o que se procura é sempre conflito e emoções fortes.
Neste livro não há desrespeito, mal-entendidos nem discussões entre as personagens principais. Gostei muito disso, porque odeio enredos assentes em mal-entendidos, em má comunicação e em assunções absurdas. Acho que o amor, para ser credível, tem de envolver respeito, e por isso achei muito bonito o modo como a relação dos dois evolui. É um amor construído - adoro essa abordagem do amor construído, e torço bastante o nariz a amores à primeira vista. Só não adorei um pequeno pormenor do final, em que, por não haver conflito entre as personagens principais, a autora inventa um ali meio à pressa para os precipitar para a conclusão final de que não podem viver um sem o outro.
Enfim, era o que precisava para passar o tempo na cama com o covid e o oxímetro.
Sinopse:As noites brancas são as do início do verão que se observam em latitudes como as de São Petersburgo e em que quase não escurece. São noites que não se distinguem dos dias, uma espécie de sonhos a imitar a vida.
Foi por isso que Dostoievski usou como subtítulo desta sua obra «Recordações de Um Sonhador». Talvez não tivesse sido possível a Dostoievski imaginar um narrador como o de Noites Brancas se não tivesse lido as obras de Dickens, Balzac e Eugène Sue. É uma narrativa na linha de outras obras do autor como Crime e Castigo, O Adolescente e Humilhados e Ofendidos.
O sonhador de Noites Brancas acaba por se perder da vida real, por se afastar do que interessa aos outros, mergulhando na tragédia solitária, como sucede a outras personagens de Dostoievski.
Opinião: As noites brancas são as do início do verão que se observam em latitudes como as de São Petersburgo e em que quase não escurece. São noites que não se distinguem dos dias, uma espécie de sonhos a imitar a vida.
Foi por isso que Dostoievski usou como subtítulo desta sua obra «Recordações de Um Sonhador». Talvez não tivesse sido possível a Dostoievski imaginar um narrador como o de Noites Brancas se não tivesse lido as obras de Dickens, Balzac e Eugène Sue. É uma narrativa na linha de outras obras do autor como Crime e Castigo, O Adolescente e Humilhados e Ofendidos.
O sonhador de Noites Brancas acaba por se perder da vida real, por se afastar do que interessa aos outros, mergulhando na tragédia solitária, como sucede a outras personagens de Dostoievski.
Opinião: E sei que identificarmo-nos com uma história não é requisito para que ela nos toque. Mas foi o identificar-me tanto com a Anne e com as pessoas ao seu redor que me vez adorar este livro, e metê-lo na minha prateleira de favoritos.
Tenho muita resistência a ver séries, mas vi Anne with an E e terminei a desejar que houvesse mais. Três temporadas é pouco para uma história tão bonita e cheia de princípios. De início, Anne é uma menina muito irritante, faladora e com grande tendência a meter-se em problemas. Aos poucos, vai-nos conquistando.
É muito simples. Em 1908 Lucy Maud Montgomery publicou o primeiro de vários livros centrados na personagem de Anne Shirley, uma órfã com uma imaginação prodigiosa que está sempre no centro de algum sarilho. Os valores que o livro aborda são nobres e intemporais: família, amigos, estudos, pobreza, velhice, religião, lealdade. De todas as pessoas que Anne conquista, Marilla é a que me conquistou. Lembra-me muito a minha avó e aquela rabugice de pessoa que se preocupa connosco, mas que ao mesmo tempo receia mostrar-nos demasiado afeto por medo de nos "estragar". Há muito humor na sua rezinguice:
"– Anne, falaste durante dez minutos exatos – disse Marilla. – Agora, só por curiosidade, vejamos se consegues ficar calada a mesma quantidade de tempo.
Há momentos de grande ligação com a natureza, de grande espiritualidade. As imaginações mirabolantes de Anne são hilariantes, as questões que ela vai colocando ao mundo que a rodeia são pertinentes, e o modo como a autora descreveu o seu coming of age é ternurento. Diria que é dos - se não o melhor livro - que aborda este tema do crescimento. E o da família. E o do envelhecimento. E, em grande medida, da hipocrisia social. Green Gables torna-se a casa de todos nós durante estas páginas, torna-se um sítio idílico e palpável. Apaixonei-me por este universo e não duvido que tem capacidade de conquistar milhares de outros leitores. Não fosse este o livro de literatura canadiana mais traduzido no mundo.
Lido em inglês na edição de 1905, traduzido por mim do original