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Castelos de Letras

Em torno das minhas leituras!

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#218 MAUGHAM, W. Somerset, Um Casamento em Florença

A minha edição é o livro #5 da Coleção de Clássicos da Livros do Brasil de 1951, e traz a sinopse do livro seguinte. Por esse motivo, deixo a sinopse da edição com o ISBN 9724128733, edição Asa @ 2002.

Sinopse: Florença. Uma magnífica casa nas colinas serve de cenário para um sonho que, subitamente, se transformará em pesadelo... Nesse refúgio de tranquilidade, as violentas emoções do passado são momentaneamente eclipsadas e Mary Panton pode encarar calmamente as perspectivas do seu segundo casamento com Sir Edgar Swift — que ela admira e respeita, mas não ama. Um simples acto de compaixão, o desejo de proporcionar alguma beleza à vida atribulada e infeliz de um jovem refugiado, vai no entanto dar início a um pesadelo de violência que destruirá a ténue serenidade de Mary. Intuitivamente, ela vai confiar na ajuda e compreensão de Rowley Flint, um estranho de reputação mais que duvidosa. E compreenderá com ele que rejeitar o amor, mesmo com todos os seus múltiplos riscos, é rejeitar a própria vida. Escrito com a simplicidade das grandes obras literárias, Paixão em Florença é um exemplo perfeito da genialidade de Somerset Maugham.


Opinião: Com apenas 189 páginas, onde predomina o intenso odor da velhice neste exemplar com 68 anos, Maugham constrói uma novela intensa. Estimo que Um Casamento em Florença se passe em cerca de uma semana, durante a estadia de Mary - a personagem principal, uma mulher à semelhança de em O Véu Pintado - na villa dos Leonard, em Florença. Numa rotina de receções e de uma realeza caída, no pós-II Guerra, Mary está mais ou menos prometida ao futuro Governador de Bengala, um homem que vê como amigo e que é 24 anos mais velho do que ela. Tudo se complica quando conhece, durante um jantar, um refugiado austríaco miserável. O seu coração e romantismo falam mais altos, mas o que se segue é desastroso e é Rowley, um americano de péssima reputação, quem acaba por formar uma inesperada dupla imoral com ela.
Maugham explora uma vez mais a natureza humana, as expetativas sociais, a Europa desconstruída após a guerra, e a reorganização social - e hipócrita - que se lhe seguiu. Como nunca deixa de acontecer com este autor, é o seu profundo conhecimento da alma humana que empresta solidez e encanto às páginas. E com vários e inesperados twists.
Aconselho vivamente, como todos os outros dele.

Classificação: 4/5*****