#134 MCNAUGHT, Judith, Algo Maravilhoso
Sinopse: Alexandra Lawrence tinha a seu favor o facto de serbem-nascida e… nada mais. Com o seu aspeto e modos arrapazados - sabia dispararuma arma, pescar, e montar a cavalo tão bem como qualquer homem - não erapropriamente a noiva perfeita.
Para piorar as coisas, vivia na penúria, otio era um bêbado e a mãe uma senhora de temperamento irascível. Não, ninguémdiria que seria ela a casar com o abastado, mulherengo e arrogante JordanTownsende, duque de Hawthorne.
Mas a verdade é que, devido a um infelizmal-entendido, assim foi.
Alexandra é agora duquesa, mas a sua vida étudo menos calma. Quatro dias após o casamento, o marido desaparece sem deixarrasto. É sozinha que tem de enfrentar a sociedade londrina, que despreza ofacto de um dos "seus" aristocratas ter casado com uma campóniaingénua. Quando Jordan finalmente reaparece, Alexandra já perdeu a inocênciados seus dezassete anos, mas aos poucos vai descobrir que, por detrás dafachada gélida do marido, está um homem ternurento, amável e sensual.Tragicamente, Jordan coleccionou demasiados inimigos e é agora um alvo aabater. Caberá a Alexandra salvar a vida do homem que ama. Uma missãoimpossível não fosse a sua teimosia em acreditar que o futuro lhes reserva…algo maravilhoso.
Opinião: Por muito que me dê conta do quanto a leitura exaustivadesta espécie de livros arruinou todos os homens (comuns, mortais) aos meusolhos, dei mais algum tempo de antena à Judith McNaught. A verdade é que o seu“Para Sempre” já me tinha comovido há uns meses, e ofereceu algumas lufadas dear fresco face a esta enchente de livros do género que andam pelas bancas…
Agora o “Algo Maravilhoso” veio cumprir o mesmo propósito.Romântico, fórmula habitual, final previsível, e ainda assim houve algumastiradas imprevistas…
As personagens principais, Jordan e Alexandra, são ostípicos protagonistas destas histórias: ele é rico, um duque, marquês, e sei lámais quantos títulos acumula. Ela é pobre, cresceu de modo invulgar (o avôensinou-a a citar os grandes pensadores gregos), gosta de esgrima e deactividad
es ao ar livre. Ele é filho único, o que faz dele umalvo a abater na sociedade londrina. Ela também é filha única, à excepção deuma meia-irmã que nunca surge e que fica claro que a despreza.
O casamento é de arranjo,como todos do género. É na relação entre as duas principais e no contextohistórico e no esmero dos cenários que reside o meu apreço: por muito queestejam zangados, desiludidos, ou que oiçam mexericos um do outro, escolhemsempre acreditar que o outro é melhor do que isso. Acabam por se dar inúmerasoportunidades e não conseguem deixar de demonstrar carinho e interesse pelooutro.
Para mim o livro descamboumais perto do fim, quando o clímax da acção se dá em moldes demasiadodramáticos, com um deles a ser baleado e a ficar às portas da morte, paraculminar numa recuperação miraculosa…
Enfim, já visto. Já lido.
Ainda assim, gostei.
Meninas: fujam desteslivros. Nenhum homem será jamais suficientemente bom…
Dentro do género:
Classificação: 4,5****/*