#132 MARTIN, Charles, A Montanha entre Nós
Sinopse: Ben é um médico cirurgião e Ashley é uma atraente e simpática jornalista que está a poucos dias do seu casamento. Conhecem-se na sala de embarque de um aeroporto, enquanto esperam pelo seu voo, atrasado devido ao mau tempo. Quando a viagem é cancelada, Ben aluga um avião particular para poderem regressar a casa.
Durante a viagem o impensável acontece: o avião cai numa zona isolada e gelada no meio do nada.
Ben e Ashley sobrevivem ao acidente. Sozinhos e feridos, têm de lutar contra as adversidades e as temperaturas negativas daquele lugar inóspito.
A luta pela sobrevivência vai despertar neles os sentimentos mais sinceros e levá-los a questionar o rumo das suas vidas até então. Será que conseguem sobreviver? E se conseguirem, até que ponto esta experiência mudará os seus destinos?
Durante a viagem o impensável acontece: o avião cai numa zona isolada e gelada no meio do nada.
Ben e Ashley sobrevivem ao acidente. Sozinhos e feridos, têm de lutar contra as adversidades e as temperaturas negativas daquele lugar inóspito.
A luta pela sobrevivência vai despertar neles os sentimentos mais sinceros e levá-los a questionar o rumo das suas vidas até então. Será que conseguem sobreviver? E se conseguirem, até que ponto esta experiência mudará os seus destinos?
Opinião: Há imensos livros com histórias de sobrevivência. Ultimamente recordo-me de dois: “A Vida de Pi” e “Sozinhos na Ilha”. O primeiro vale por não ser um mote para o enredo romântico, pelo contrário: é sobre o ser humano e o seu lado animal. Daí que seja, de longe, o meu favorito. Depois temos o livro da Tracy Garvis-Garves, em que um rapaz jovem e a suposta explicadora de verão se perdem numa ilha paradisíaca. Tem o seu quê de sexualidade e muito pouco de condições inóspitas, pelo que não consegui gostar do livro, sobretudo do final.
Gostei de “A Montanha entre nós”. A viagem é inspiradora, dolorosa, sofrida, o escritor consegue construir um amor cúmplice e altruísta que nos comove e nos prega às páginas do romance. Gostei das coincidências, das circunstâncias, dos detalhes (Ben, que fala para o gravador, Ashley e o seu sentido de humor único, o cão cujo nome as personagens principais esqueceram). Adorei o livro até três quartos do final, presa a este homem e aos seus princípios, a esta mulher jovem e indecisa que, a dado momento, admite que está prestes a casar-se com um homem que não ama de paixão porque não podia continuar à espera de um príncipe para sempre. Depois, a vida que Ben deixou para trás começou a aborrecer-me… Acho que o autor falhou em fazer-me gostar da mulher de Ben, por muito que tenha insistido que Ben a adorava. Aquela mulher “perfeita” não justificava um amor assim, ou talvez seja eu que encontro mais complexidade, mais substância, nos defeitos, e daí que considere que o amor nasça da sua aceitação. E o dilema de Ben e da esposa, Rachel, apesar de delicado, e de conseguir comover-me, termina de modo algo “cinemático”, porque acho que o autor, que primou por ser tão terra-a-terra ao longo de 330 páginas, peca nas últimas 30. Perde a personagem, divaga, por fim. Há ali uma homenagem que acho exagerada, injustificada. As coisas precipitam-se num livro cujo ritmo foi sempre bastante lento, tanto quanto o era, na neve, arrastar-se um trenó com um ferido.
Adorei o livro pelas paisagens, pelo frio e a fome que conseguiu transmitir-me e pelo manejamento do ingrediente “esperança”. Apenas o final lhe roubou louvor, caso contrário seria um 5*****.
Gostei de “A Montanha entre nós”. A viagem é inspiradora, dolorosa, sofrida, o escritor consegue construir um amor cúmplice e altruísta que nos comove e nos prega às páginas do romance. Gostei das coincidências, das circunstâncias, dos detalhes (Ben, que fala para o gravador, Ashley e o seu sentido de humor único, o cão cujo nome as personagens principais esqueceram). Adorei o livro até três quartos do final, presa a este homem e aos seus princípios, a esta mulher jovem e indecisa que, a dado momento, admite que está prestes a casar-se com um homem que não ama de paixão porque não podia continuar à espera de um príncipe para sempre. Depois, a vida que Ben deixou para trás começou a aborrecer-me… Acho que o autor falhou em fazer-me gostar da mulher de Ben, por muito que tenha insistido que Ben a adorava. Aquela mulher “perfeita” não justificava um amor assim, ou talvez seja eu que encontro mais complexidade, mais substância, nos defeitos, e daí que considere que o amor nasça da sua aceitação. E o dilema de Ben e da esposa, Rachel, apesar de delicado, e de conseguir comover-me, termina de modo algo “cinemático”, porque acho que o autor, que primou por ser tão terra-a-terra ao longo de 330 páginas, peca nas últimas 30. Perde a personagem, divaga, por fim. Há ali uma homenagem que acho exagerada, injustificada. As coisas precipitam-se num livro cujo ritmo foi sempre bastante lento, tanto quanto o era, na neve, arrastar-se um trenó com um ferido.
Adorei o livro pelas paisagens, pelo frio e a fome que conseguiu transmitir-me e pelo manejamento do ingrediente “esperança”. Apenas o final lhe roubou louvor, caso contrário seria um 5*****.